Em Moçambique, pelo menos 15 pessoas morreram e cerca de 40 contraíram ferimentos graves e ligeiros, na sequência da passagem do ciclone tropical Chido, nas três províncias do norte do país: Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Mais de 100 mil pessoas foram afetadas, segundo informaram as autoridades do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres (INGD) que ainda monitorizam os estragos no terreno.
As vítimas confirmam que estão recebendo assistência diversa das autoridades.
Rasto de destruição
Na província de Nampula, os distritos de Memba, Mossuril, Eráti e Mecuburi foram os mais fustigados pelo temporal, que deixou um rasto de destruição.
Uma das famílias afetadas é a de Paulo Fernando, residente no distrito costeiro de Memba, que à DW conta que perdeu quase tudo, por conta da destruição da sua residência: “Por volta das 4h00 eu estava fora [de casa] e a minha família dentro. De repente, o teto lentou [por força do vento], destruiu-se a casa e assim estou, de qualquer maneira”, relata.
“Ninguém sofreu [ferimentos]. Mas recebemos algum apoio [do Governo, em alimentos ]”, acrescenta Paulo Fernando.
Nas três províncias, as autoridades governamentais contabilizam, preliminarmente, pelo menos 15 mortos e 40 feridos, bem como a destruição total e parcial de 60.832 casas, afetando mais de 100 mil pessoas, o correspondente a 20 mil famílias, informa a presidente do INGD, Luísa Meque.
“A informação que acabo de passar tem a ver com as províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Esses são dados preliminares, mas em termos de informação que recebemos no distrito de Memba, como estamos aqui, foram desaparecidas 69 embarcações, destruídas totalmente pelos efeitos do ciclone, 102 embarcações. Temos as equipas no terreno que estão a trabalhar para poder trazer a informação mais atualizada”, explica a responsável.
Governo garante apoio
Sem avançar informações detalhadas, a presidente do INGD disse que o Governo está e vai continuar a prestar todo o tipo de apoio às vítimas do ciclone Chido.
“Uma das assistências que nós temos estado a fazer é o apoio psicossocial. Já conseguimos apoiar duas famílias sem abrigo, continuamos com assistência alimentar para as famílias que precisam”, diz Luísa Meque.
“Durante a preparação do ciclone tivemos o reposicionamento ao nível dos distritos das províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, dos indicados que seriam afetados pelo ciclone intenso Chido, e os distritos estão a trabalhar com essa logística. Até agora não temos rutura de stock”, assegura.
As autoridades moçambicanas, nomeadamente o INGD, já avançaram que o ciclone tropical Chido deverá perder força nas próximas horas, evoluindo para depressão tropical.
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