Brasília – Manifestação estudantil no Chile por educação gratuita reuniu mais de 200 mil pessoas nesta quinta-feira (11), apesar do anúncio do governo de Sebastian Piñera da criação de um fundo de 154,4 milhões de dólares para o ensino médio no país.
A marcha superou as expectativas da organização e fechou a semana marcada por greves em portos, minas e de trabalhadores da cultura. Além de estudantes universitários e secundaristas, sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores também participaram do protesto que pede aos candidatos presidenciais que discutam projetos concretos para a área.
Estudantes de nível primário e de pós-graduação, professores de colégios e dirigentes sindicais se encontraram na Alameda, a principal avenida da capital chilena Santiago, com lenços, cartazes e tambores.Os manifestantes partiram às 11h da Praça Itália no centro da capital, passaram pelas principais avenidas de Santiago com bandeiras de diferentes organizações estudantis secundaristas, universitárias e políticas e outras que se somaram ao longo do trajeto.
Mostras artísticas de dança, teatro e pessoas caracterizadas de diferentes personagens da política chilena também fizeram parte da manifestação, recebida com apalusos e papel picado durante o trajeto.Como ocorreu durante todo o ano anterior, o segundo de protestos contínuos por parte dos estudantes, a manifestação terminou com alguns incidentes isolados provocados por jovens encapuzados durante o ato cultural preparado para o encerramento da marcha.
Pelo número de pessoas que participaram, a manifestação lembrou as 6 mil mobilizações realizadas em 2011 que colocaram que cheque o governo. Em seu último ano de mandato, Piñera tem uma aprovação de 30% nas pesquisas de opinião. As famílias chilenas tem que pagar até 900 dólares mensais em universidades públicas para que seus filhos estudem.
* Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Télam
Fonte: EBC