Chefe das forças armadas da Venezuela: “Golpistas querem derramamento de sangue”

 

López falou à imprensa e classificou tentativa de golpe como “ato terrorista” de uma oposição “golpista e selvagem” / Foto: Cancilleria Venezuela / Twitter

Por volta das 13h, horário de Brasília, o ministro de Defesa venezuelano Vladimir Padrino López fez um comunicado televisivo em cadeia nacional para dar informações sobre a tentativa de golpe liderada por Juan Guaidó na manhã desta terça-feira (30) e sobre a situação das Forças Armadas Revolucionárias Bolivarianas (FARB).

López considerou que os atos golpistas da oposição estão “buscando mortos, buscando derramamento de sangue em Caracas”. “Todo o derramamento de sangue que aconteça a partir de agora será de responsabilidade dessa tentativa de golpe fascista e antipatriótica. Responsabilizamos vocês por todos os atos de violência que aconteçam nas ruas da Venezuela. São vocês que estão gestando golpes de estado usando nossos militares”, afirmou.

Segundo López, a insurreição golpista por um grupo de oficiais da Base Aérea de La Carlota, localizada no bairro de Altamira, na capital Caracas, já vinha sendo prevista pela inteligência. “Trata-se de uma tentativa de golpe de estado de magnitude medíocre, porque, entre outras coisas, estimamos que 80% do efetivo que foi até o viaduto da rodovia de Altamira foi enganado. Faz parte de uma conduta mitômana de engano para instaurar o caos e até levar à morte um grupo de soldados da pátria que estão cumprindo sua missão. É um ato terrorista”, declarou o chefe das forças armadas.

O ministro informou, ainda, que um “mínimo” grupo de oficiais se insurgiu e sequestrou veículos, metralhadoras calibre 7.62 mm, fuzis de assalto e pistolas, além de munição. Destacou que rapidamente todos os comandos militares do país se comunicaram e que os comandantes naturais se colocaram a frente de suas tropas, “rechaçando uma vez mais a tentativa golpista”. “Todo o resto do país está em completa normalidade cumprindo suas tarefas”, explicou.

Por fim, López reafirmou que “a soberania venezuelana reside no povo, não em nenhum outro país, nem na violência e nem nos golpes de estado” e que “nenhuma agressão à lei, à institucionalidade, à democracia e à constituição será admitida”. “Se tivermos que usar armas para defender esses princípios, usaremos”, concluiu.

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