A direita em todo o planeta regozija-se com a iminente morte do líder venezuelano Hugo Chávez. Chávez sofre de câncer, maiores detalhes não são revelados pela a equipe médica que o trata. Neste momento está internado em Cuba. A boataria geral de parte da imprensa internacional diz que há um dilema entre desligar ou não os aparelhos que o manteria vivo.
Mas pessoas como ele não morrem, são imortais.
Pessoas como Fidel Castro, como Lênin, Karl Marx, para não ficar somente com nomes à esquerda, Adam Smith, não morrem porque são maiores que seus corpos, eles personificam ideias e ideias podem até perder força em determinados momentos históricos, mas não morrem.
É isso que Chávez é: uma ideia. Uma ideia de justiça social, de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos. Chávez ajudou a construir um ambiente de rechaçamento à política estadunidense na América Latina. Política que implantou ditaduras. Matou milhares e milhares de pessoas e mesmo nas ditas democracias, sempre manteve a subserviência de seus líderes.
Quem não se lembra do esporro dado por Bill Clinton, presidente dos EUA, em Fernando Henrique Cardoso, quando era presidente do Brasil?
A elite latino-americana tem um gosto pela subalternice.
É verdade que Chávez tentou tomar o poder por meio de um golpe de estado. Derrotado, foi preso e cumpriu sua pena. Logo após, elegeu-se presidente da Venezuela e nunca mais perdeu eleições, apenas algumas derrotas pontuais em províncias ou referendos.
Ao contrário do Brasil, na Venezuela para mudar uma vírgula da Constituição um referendo é convocado. A participação popular é muito maior nas decisões políticas que em países como o Brasil e os EUA.
A elite venezuelana com a ajuda, sempre deles, dos EUA orquestraram uma tentativa de golpe em 2002, para derrubar Hugo Chávez do poder. Por 48 horas Chávez deixou de ser o presidente daquele país. Participaram do golpe a maior rede de comunicações da Venezuela, a RCTV e a empresa de petróleo, então privada, a PDVSA.
Em referendo foi aprovada a reestatização da PDVSA e a RCTV não teve sua concessão renovada. Em nenhum momento Chávez cassou a permissão de sinal da rede golpista. Ao contrário, fortaleceu a rede pública e apenas, como lhe garante a Constituição do país, não renovou a concessão da emissora de TV.
O argumento de que na Venezuela não existe liberdade de imprensa é tão falso quanto dizer que a “Ley de Medios” argentina também é um ataque à essa liberdade ou que no Brasil o PT, ou quem quer que seja que defenda a regulamentação do artigos constitucionais sobre a Comunicação Social quer instituir a censura.
Tanto há liberdade de imprensa no país caribenho que é a imprensa oposicionista que alimenta os “jornalões” mundo a fora. Os oligopólios da comunicação mundial também tem seu quinhão em solo venezuelano.
A riqueza gerada pelo petróleo venezuelano, país que está entre os maiores produtores do planeta, agora é volta para garantir o bem estar da população. O sistema de saúde, programas de moradia e acesso à educação mudaram o panorama dos mais pobres.
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A Venezuela foi o país que mais tirou pessoas da miséria no continente americano, apenas 8% da população é miserável. Está livre do analfabetismo, segundo a Unesco e tem o melhor salário mínimo da região.
O “chavismo”, como a direita gosta de chamar as ideias defendidas pelo presidente Chávez, não acaba com seu falecimento. O povo daquele país não quer a volta da Venezuela antes de Chávez. Com a renda concentrada, subserviente ao imperialismo financeiro e belicista.
Fuerza Chávez!
Fonte: Blog do Cadu