Reportagem de Patrícia Campos Mello, na edição desta quarta-feira (20) da Folha de S.Paulo, afirma que o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, teve um chilique na frente de outros ministros por causa da participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) no encontro privado entre os presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Donald Trump (EUA) nesta terça-feira (19).
Araújo não participou da reunião privada entre os dois líderes realizada no Salão Oval da Casa Branca, em Washington. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou acalmá-lo.
O ataque de fúria aconteceu depois que Araújo leu o blog da jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, em que ela afirma que o Itamaraty saiu rebaixado com ida de Eduardo para o encontro com Trump e diz que, se Araújo tivesse “alguma fibra”, ele pediria para deixar o cargo.
Chanceler de fato
No jornal O Estado de S.Paulo, a jornalista Beatriz Bulla diz que o filho de Bolsonaro assumiu o posto de chanceler informal do governo durante a viagem do pai aos Estados Unidos.
Segundo a reportagem, foi Eduardo quem acompanhou o presidente na visita à CIA, agência de inteligência estadunidense, juntamente com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. No tempo livre, o deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara acompanhava Filipe Martins, assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, em agendas paralelas com integrantes do governo americano e de movimentos conservadores do país.