Por Esmael Morais.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, está mais preocupado em combater a ameaça comunista do que em posicionar o País no cenário internacional em tempos de pandemia.
Pois ele está assustado e com medo de que o Coronavírus seja na verdade um “Comunavírus”, e que será usado para implantar o regime comunista em escala global.
Araújo chegou a essa estranha conclusão ao ler os textos do esloveno Slavoj Žižek. Vejamos o que o chanceler escreveu no Twitter:
“Não bastasse o Coronavírus, precisamos enfrentar também o Comunavírus. No meu blog, analiso o livro “Virus” de Slavoj Žižek e seu projeto de usar a pandemia para instaurar o comunismo, o mundo sem nações nem liberdade, um sistema feito p/ vigiar e punir.”
Não bastasse o Coronavírus, precisamos enfrentar também o Comunavírus.
No meu blog, analiso o livro "Virus" de Slavoj Žižek e seu projeto de usar a pandemia para instaurar o comunismo, o mundo sem nações nem liberdade, um sistema feito p/ vigiar e punir:https://t.co/LYsfO2K9fg
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) April 22, 2020
Percebe-se logo de cara que o ministro não sabe o que é uma ironia e muito menos uma alegoria.
Leia dois trechos da “perigosa” filosofia de Žižek transcritos por Araújo:
“Tomara que se propague um vírus ideológico diferente e muito mais benéfico, e só temos a torcer para que ele nos infecte: um vírus que faça imaginar uma sociedade alternativa, uma sociedade que vá além do Estado-nação e se realize na forma da solidariedade global e da cooperação.”
“Uma coisa é certa: novos muros e outras quarentenas não resolverão o problema. O que funciona são a solidariedade e uma resposta coordenada em escala global, uma nova forma daquilo que em outro momento se chamava comunismo.”
Que perigo! (ironia, ministro, ironia…)
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