Por Monitor do Oriente Médio.
Um discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizado em uma Igreja Metodista Episcopal Africana (AME) em Charleston, na Carolina do Sul, foi interrompido por chamados por cessar-fogo na Faixa de Gaza sitiada.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Se você realmente se importa com as vidas perdidas, deveria honrá-las e pedir um cessar-fogo na Palestina”, gritou um dos presentes, seguido por apelos coletivos por “cessar-fogo já”.
Biden foi então escoltado para fora da igreja.
Após sua saída, alguns apoiadores começaram gritos de “mais quatro anos”, em referência à campanha eleitoral do incumbente democrata.
“Eu entendo sua paixão”, afirmou Biden, “mas venho trabalhando discretamente com o governo de Israel para reduzir sua presença em Gaza”.
Biden sofre recordes de rejeição logo no início de um conturbado ano eleitoral, no qual deve voltar a enfrentar seu antecessor Donald Trump. Eleitores progressistas citam o apoio de Biden ao genocídio em Gaza como razão para se abster do pleito.
Biden propagandeou a guerra a Gaza com notável entusiasmo desde as primeiras semanas da ofensiva, ao ecoar campanhas israelenses de desinformação, desmentidas em campo. O presidente também contornou o legislativo em mais de uma ocasião para enviar armas a Israel.
Não obstante, fontes internas da Casa Branca alegam trabalhar para controlar as ações de Israel e, portanto, a crise de relações públicas; todavia, sem aval.
Israel impõe ataques por ar e terra a Gaza desde 7 de outubro de 2023, deixando 23.084 mortos e quase 60 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados — 70% das vítimas são mulheres e crianças. As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.
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