Cestou Floripa chega a 250 cestas doadas em campanha que alerta para a vulnerabilidade dos povos originários

    Cestou Floripa chega a 250 cestas doadas em campanha que alerta para a vulnerabilidade dos povos originários*

    A comunidade indígena da Aldeia Tekoa Marangatu, de Imaruí, no sul de Santa Catarina, recebeu, no último domingo (6), alimentos, cestas básicas e roupas coletados durante a sexta campanha do Coletivo Cestou Floripa (instagram.com/cestou.floripa). A entrega de pouco mais de 50 cestas básicas foi feita conforme os protocolos sanitários, como assegurou o educador indígena Floriano da Silva, que recebeu os mantimentos higienizados na sede da Escola Tekoa Marangatu.

    A campanha arrecadou um total de R$2.285,56, dos quais R$ 1799,58 foram destinados à compra para a aldeia. Os recursos foram convertidos em alimentos que o povo Guarani Mbya necessitava, em virtude dos impactos econômicos provocados pela pandemia de Covid-19. A comunidade vive da agricultura e da venda de artesanato, atividade que precisou ser suspensa no período de isolamento social. Além disso, outros R$ 485,98 foram doados para o Movimento População de Rua para contribuir com a realização de dois jantares a moradores em situação de rua no Centro de Florianópolis – um em agosto e outro nesta sexta-feira (10).

    “A gente recebeu as cestas básicas do pessoal do Cestou Floripa. A gente tava precisando mesmo dessa ajuda, então eu agradeço em nome da comunidade”, registrou Floriano. A comunidade já havia recebido mantimentos arrecadados pelo coletivo em maio, mas a discussão sobre demarcação de terras indígenas que corre no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional fez com que uma nova campanha de conscientização fosse organizada em defesa dos povos originários, vulneráveis não só ao vírus, mas também ao impacto econômico e social da pandemia.

    Tekoa Marangatu, em português, significa “terra harmônica”. Irineu Benites, outra liderança na comunidade, conta que a aldeia foi fundada em 1999 e hoje é a mais populosa da região. A doação de mantimentos – alimentos e roupas de inverno – é importante para auxiliá-los no momento em que a comunidade se reúne em mutirão para o trabalho agrícola. “É o momento de a gente se reunir e se ajudar, estamos no tempo de preparação de terra e começando a fazer isso”, conta.

    Com o fim da sexta campanha, o Coletivo Cestou Floripa chega ao número de mais de 250 cestas básicas doadas a grupos vulneráveis, desde abril de 2021, quando a primeira arrecadação foi efetivada.  Além da comunidade Guarani Mbya e do Movimento População de Rua, associações de mulheres e grupos de artistas também receberam cestas básicas nos últimos meses. A proposta do grupo é, além de ajudar com alimentos, alavancar reflexões sobre os problemas econômicos e humanitários associados à pandemia, promovendo uma ação coletiva baseada na crítica e na urgência de se fomentar discussões sobre políticas públicas.

    Para contribuir com as próximas campanhas, basta acessar a página no Instagram (@cestou.floripa).

    https://www.instagram.com/cestou.floripa/

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