O presidente russo Vladimir Putin confirmou o cessar-fogo entre o governo de Bashar al-Assad e a oposição na Síria, anunciado ontem pela Turquia. Putin também anunciou a redução do envolvimento da Rússia no conflito.
O exército da Síria disse que os ataques serão paralisados a partir da meia-noite. De acordo com a Rússia, as facções rebeldes que fazem parte do acordo incluem 62 mil combatentes.
Moscou também afirmou que o regime sírio e a oposição se comprometeram a participar de novas negociações.
Segundo o exército, grupos terroristas como o Estado Islâmico e a Jabhat Fateh al-Sham, dois dos principais atores do conflito, não estão incluídos no acordo.
Forças rebeldes ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmavam, por outro lado, que apenas o Estado Islâmico não estava incluído no cessar-fogo. A Jabhat Fateh al-Sham, antiga Jabhat al-Nusra, está ligada à organização radical Al Qaeda.
Durante o cessar-fogo, nenhuma das partes pode aumentar o território que está sob seu controle. Está previsto um encontro no Cazaquistão, ainda sem data marcada, com Turquia, Rússia, Irã, governo sírio e rebeldes.
Entretanto, especialistas afirmam que é preciso encarar o cessar-fogo com cautela, já que outras tentativas falharam anteriormente.
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Fonte: GGN
Legenda da foto: Vladimir Putin, com o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, em Moscou no dia 29 de dezembro. MIKHAIL KLIMENTYEV AP