Cerca de 50 mil crianças podem morrer de fome no Sudão do Sul em 2014, diz ONU

635380432195848503Cerca de 50 mil crianças podem morrer de fome no Sudão do Sul em 2014, anunciou a ONU em comunicado neste sábado (14/06). No dia 18 de junho, a guerra civil, que se instaurou no país após o início de uma série de confrontos intercomunitários na cidade de Malakal, completa 6 meses.

De acordo com o responsável da ONU pelas operações humanitárias no Sudão do Sul, Toby Lanzer, a organização implantará um plano de ajuda para 3,8 milhões de pessoas. Até o momento, US$ 740 milhões foram doados em ajuda humanitária. “Os objetivos imediatos da operação humanitária são os de salvar vidas e evitar a fome”, disse o órgão.

No último dia 10 de junho, a ACNUR (Agência da ONU Para Refugiados) alertou que aproximadamente 4 milhões de sul-sudaneses correm risco de morrer de fome até o fim do ano.

Aproximadamente 716.500 saíram do interior do país desde o início dos conflítos. Outras 166.900 procuraram refúgio nos países vizinhos. “A menos que a luta acabe e as pessoas possam voltar para suas casas e retomarem suas vidas, a situação vai continuar a agravar-se”, afirmou Lanzer.

Para agravar a situação, um surto de cólera atinge o país e já vitimou mais de 670 pessoas somente na capital, Juba. “A cólera eclodiu, a malária é galopante, e muitas crianças estão desnutridas. Milhões de pessoas precisam de cuidados de saúde de emergência, alimentos, água potável, saneamento básico e moradia para fazê-lo ao longo do ano”, disse Toby.

Durante a semana, o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, se comprometeu junto ao chefe dos rebeldes, Riek Machar, a formar um governo de transição em, no máximo, 60 dias. Forças do governo e soldados leais a Riek Machar violaram recentemente um acordo de cessar-fogo assinado em maio, agravando a crise humanitária na região. Esta foi a segunda tentativa de acordo de cessar-fogo que fracassou em poucas horas.

Os postos de ajuda humanitária estão concentrando os esforços de socorro às vítimas em regiões menos afetadas, além de garantir ajuda em Juba. A estação das chuvas que atinge a região aumenta o risco de doenças, como a malária. Lanzer afirma que as chuvas sazonais, em conjunto com a situação vivida pelo país, deterioram a situação dessa população a cada dia.

Fonte: Opera Mundi.

Foto: Agência Efe.

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