Por Karol Bernardi, Imprensa Apufsc.
Após meses de queda nos casos de covid-19, com a circulação da nova variante, BQ.1, os números da doença voltaram a crescer no Brasil. De acordo com o Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat/UFSC), entre os dias 12 e 18 de novembro a quantidade de casos ativos aumentou em 94% no estado. Em outubro, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou a flexibilização do uso de máscaras nos ambientes da instituição. Com o novo cenário, a Reitoria ainda não se pronunciou, mas alguns Centros de Ensino e departamentos, como o de Jornalismo, por exemplo, voltaram a recomendar o uso do equipamento de proteção individual.
Segundo o último informe semanal do Necat, que analisa a evolução de indicadores centrais relativos ao comportamento da pandemia em Santa Catarina, “a circulação do vírus apresentou uma aceleração bem mais forte no estado no período considerado, fato que inverteu a tendência das últimas semanas”. O relatório afirma ainda que, em termos absolutos, os maiores percentuais de crescimento foram registrados nas regiões do Planalto Norte-Nordeste e Grande Florianópolis, seguidas pelo Vale do Itajaí e Foz do Itajaí.
Apesar da quantidade de casos ativos ter passado de 2.842 para 5.521 em uma semana, o Necat afirma que a situação “não está causando maiores impactos sobre a estrutura hospitalar estadual de saúde”. No período de análise, ainda que com pequenas oscilações, as taxas de ocupação dos leitos UTI/SUS pela doença se mantiveram abaixo de 90%. Além disso, a média de óbitos se encontra em estabilidade.
Ao alegar que o estado catarinense está na iminência de uma nova onda de covid-19, provocada pela nova variante, BQ.1, o Núcleo orienta que as medidas sanitárias básicas sejam respeitadas.
O Departamento de Jornalismo, por exemplo, viu o número de casos da doença entre professores crescer. Por isso, mesmo sem orientação oficial da UFSC, voltou a aconselhar o uso de máscaras em salas de aula e ambientes fechados. Em comunicado aos alunos, a direção solicita que janelas e portas permaneçam sempre abertas para que haja ventilação constante nos ambientes. Também pede que a coordenação seja avisada caso algum estudante positive ou esteja com suspeita de contaminação pelo vírus.
Outros departamentos, como o de Farmacologia, atestam que o número de casos ativos entre alunos e professores têm crescido nas últimas semanas. Mas que ainda não houve uma orientação formal do departamento ou do Centro de Ciências da Saúde (CCS) à comunidade acadêmica.
Segundo a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), “por ora os números e os casos estão sendo monitorados para posteriormente analisar as medidas cabíveis”.
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