Centrais sindicais querem “agenda do/a trabalhador/a” no debate eleitoral

Foto: Railídia Carvalho.

Por Railídia Carvalho.

“Por que em frente a Fiesp? Porque eles são o símbolo do que aconteceu no Brasil nestes dois anos. Eles, ao lado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lideraram o processo pelo fim da legislação trabalhista. Nós vamos dar um recado para eles: o povo brasileiro não aceita essa condição. O Brasil que eles estão construindo não é o nosso Brasil. O país que a gente quer vai nascer da luta”, declarou ao Portal Vermelho Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Na opinião do presidente em exercício da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Divanilton Pereira, o ato do dia 10 de agosto cumpre a agenda de resistência dos trabalhadores em defesa dos direitos e também cria um ambiente político com uma pauta dos trabalhadores que possa influenciar nas eleições que ganham novo impulso a partir do dia 15 de agosto. Nesta data se encerra o prazo para o registro de candidatos às eleições de outubro.

“Se fizer um estudo comparativo provavelmente se concluirá que o movimento sindical e social geraram um quantitativo de enormes paralisações neste dois anos com destaque para a greve de 28 de abril do ano passado. Isso expressa a manifestação sindical e social contra a agenda golpista”, analisou Divanilton.

De acordo com ele, o dia 10 de agosto integra esse movimento de resistência e a Agenda Prioritária sistematiza o sentimento dos trabalhadores em um país que mantêm 28 milhões de trabalhadores subocupados. “A plataforma composta por 22 itens que tem o trabalho como centralidade quer trazer para o centro do debate propostas pela retomada do desenvolvimento para gerar os empregos que precisamos gerar para 28 milhões de homens e mulheres no país”.

No dia 25 de julho as centrais sindicais voltam a se reunir na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) para avaliar a mobilização do dia 10. Participaram da reunião ampliada nesta quarta dirigentes da CTB, CUT, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical, Conlutas e Força Sindical. A Central de Sindicato Brasileiros não esteve nesta quarta mas também integra a mobilização pelo dia 10 de agosto.

Além da luta para que sejam implementadas no país medidas emergenciais contra o desemprego, as centrais também levam para o protesto a defesa da Previdência Social e a denúncia do aumento abusivo dos combustíveis como efeitos perversos especialmente sobre o preço do gás de cozinha.

Confira AQUI as propostas da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora.

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