Vivemos um momento de profunda crise no país, com grande instabilidade política, econômica e social, consequência de um golpe orquestrado pela direita, pela grande mídia e pelo judiciário brasileiro. O atual governo é ilegítimo e está ao lado dos interesses dos grandes empresários e do capital internacional, massacrando a classe trabalhadora, com contínuos ataques aos direitos. Por isso, as centrais sindicais manifestam seu apoio à pauta legítima do movimento dos caminhoneiros pela redução dos preços dos combustíveis, mas repudiam veementemente a defesa da intervenção militar.
A redução temporária do preço do diesel, como foi proposta pelo governo Temer, não é suficiente e beneficiaria apenas os patrões, transferindo o problema para o restante da população. A redução do PIS/Cofins retirará recursos da previdência pública e será usada como argumento para impor o fim da aposentadoria. Lutamos contra todas as medidas do governo Temer – pelo fim da reforma trabalhista e do congelamento dos gastos públicos, contra a aprovação da Reforma da Previdência e pela retomada dos direitos da classe trabalhadora e das políticas de desenvolvimento social.
As centrais chamam um ato unificado em apoio à paralisação dos petroleiros, que iniciarão uma greve de advertência de 72h à 0h do dia 30. A categoria reivindica não só a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, mas também outras pautas importantes como o fim das importações de derivados de petróleo e o enfrentamento contra a privatização da Petrobras. Somente com uma paralisação nacional conseguiremos enfrentar os ataques desse governo golpista contra classe trabalhadora.
A alta de preços dos combustíveis é resultado da política entreguista do governo Temer de abrir mão do controle soberano nacional e beneficiar acionistas e grandes petrolíferas internacionais. O discurso de Temer de que a Petrobras está quebrada por conta dos governos anteriores é mentiroso, a situação atual da estatal é consequência das políticas privatistas do atual governo. Se a Petrobras passar para a iniciativa privada, o governo brasileiro não terá mais a possibilidade de controlar o preço do combustível que chega às bombas dos postos. Quem sofrerá com isso será o povo, que terá que bancar os preços cada vez mais altos do combustível e consequentemente do transporte público, dos alimentos e dos produtos industrializados, que são diretamente afetados pela alta da gasolina e do diesel.
Por isso, as centrais sindicais conclamam a classe trabalhadora para que se una à mobilização dos petroleiros nessa quarta-feira (30), a partir das 15h, em Florianópolis, no Largo da Catedral.
– Pela redução dos preços dos combustíveis e gás de cozinha!
– Pela mudança na política de preços da Petrobras!
– Em defesa da Petrobras 100% pública!
– Pelo fim das importações de derivados de petróleo!
– Não às privatizações da Petrobras, da Eletrobrás, do Banco do Brasil e de todas as estatais!
– Contra a intervenção militar!
– Pela saída imediata de Pedro Parente!
– Fora Temer!
– Em defesa da democracia e por eleições livres!
O PETRÓLEO É NOSSO!