Centrais convocam Dia Nacional de Paralisação contra reformas

A agenda consensual eleita no encontro abrange os próximos dois meses e tem o objetivo de construir um movimento de resistência às reformas da Previdência e trabalhista, com seminário, jornada de debates, mobilização em Brasília, culminando com uma paralisação nacional na segunda quinzena de março. “As lutas contra as reformas e o enfrentamento do desemprego são os eixos centrais da mobilização unitária do movimento sindical. Com ênfase no combate ao desmonte da previdência pública”, diz o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.

O presidente dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, também levou em consideração a questão do desemprego: “Todos os níveis de governo podem adotar ações desenvolvimentistas, gerando emprego e renda. Uma cidade como São Paulo tem peso nacional. Políticas corretas adotadas aqui podem repercutir na Grande São Paulo e em todo o país”, avaliou.  O diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Flavio Godoi, membro da direção plena da CTB, afirmou que o setor de transportes também trabalha na construção de uma paralisação em nível nacional. Lideranças da CTB, CUT, UGT, CGTB, CSB, Intersindical e Força Sindical aprovaram o seguinte calendário:
Fevereiro

7 e 8: Seminário Nacional da Previdência Social

21: Lançamento da Jornada de Debates

22: Mobilização no Congresso Nacional contra as reformas

E no mês de março, em data a ser definida, será o Dia Nacional de Paralisação.

Neste período, as centrais sindicais trabalharão junto a suas bases uma contraofensiva da informação oficial – o objetivo é desconstruir o discurso alardeado em propagandas do governo pelo rádio, TV e redes sociais de que a reforma da Previdência é fundamental e inevitável, ainda que estas informações sejam amplamente contestadas por economistas e técnicos da área.

Aliás, nota técnica divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Dieese, “PEC 287: a minimização da Previdência pública”, detalha as mudanças na Previdência, passo a passo, e dá a justa dimensão de seu impacto na vida dos brasileiros de forma geral e das mulheres, idosos e da população da área rural.  “O mais importante é que cada sindicato faça o debate com sua própria categoria. São dois meses para o trabalho de convencimento de que estas reformas não vão ajudar a classe trabalhadora, mas piorar a sua condição. São dois meses para que os trabalhadores dirijam às reformas da Previdência e trabalhista a mesma insatisfação que os fazem protestar por aumento salarial”, ponderou, ao final da reunião, o dirigente da CTB Eduardo Navarro. Próximo encontro está marcado para o dia 26, na sede dos Eletricitários-SP, quando deverá ser definido um conjunto de propostas.

Fonte: Portal Vermelho. 

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