A CASAN entregou no início da tarde desta segunda-feira, 25, à Prefeitura Municipal de Florianópolis, uma relação de 33 ações para os Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) de Florianópolis, com foco principal no Norte da Ilha. O documento de seis páginas atende a solicitação da Prefeitura no enfrentamento das questões de balneabilidade da cidade. São 33 ações operacionais, melhorias ou grandes obras:
Seis ações emergenciais já efetivadas em função da alta taxa de irregularidade nos imóveis de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus, na ordem de 57% segundo o mais recente levantamento; mais seis propostas de ações e melhorias a serem implementadas a partir desta segunda (25), mais 14 ações realizadas nos últimos quatro anos e ainda o Plano de Investimento, que deve estar concluído até 2018, com sete grandes obras do Sistema de Esgotamento Sanitário.
Todas as ações, conforme solicitação da Prefeitura, estão com cronograma de execução.
Principais ações a serem implantadas a partir desta segunda-feira, 25:
1. Desativar os extravasores no Norte da Ilha ciente do clima acalorado que tem pautado o debate da balneabilidade na cidade. A CASAN convidará a Prefeitura e a Fatma para, após a temporada, decidir onde e como instalar os dispositivos de segurança previstos em lei e licenciados pelo órgão ambiental;
2. Coordenar um novo modelo para os serviços prestados pelas empresas limpa-fossa;
3. Aumentar os recursos financeiros e ampliar o número de equipes para o Programa Se Liga na Rede de modo a intensificar as ações de fiscalização;
4. Firmar parceria com a Prefeitura, ICMBio e Sapiens Parque para manter drenados os canais que levam ao Rio Papaquara, visto que o trabalho realizado pela Prefeitura nas últimas semanas mostrou melhoras nas condições ambientais de Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus;
5. Reavaliar todas as redes de esgotamento sanitário do Norte da Ilha após redefinição, por parte da Prefeitura, das estimativas populacionais da região;
6. Para garantir a execução e a transparência das ações acima, a CASAN convidará representantes da Prefeitura e do Conselho Municipal de Saneamento para formar o grupo de controle e monitoramento deste Plano.
O documento também enumera seis ações realizadas emergencialmente diante da superlotação dos imóveis da região, do alto índice de irregularidades nas ligações à rede de esgoto e das chuvas intensas registradas na virada do ano:
1. Implantação de emissário terrestre para ampliar capacidade de bombeamento da Estação Elevatória do Rio do Brás, sobrecarregada devido a ligações pluviais indevidas na rede de esgoto;
2. Desativar o extravasor do Rio do Brás;
3. Monitoramento ambiental diário da água em oito pontos nas proximidades do Rio do Brás: canais, praia e efluente da Estação de Tratamento de Esgoto de Canasvieiras;
4. Assessoria técnica gratuita a proprietários dispostos a regularizar as ligações de seus imóveis;
5. Reforço na segurança da Estação Elevatória, com novo muro de concreto, cerca elétrica e câmera de monitoramento para evitar novos atos de vandalismo como o ocorrido em 31 de dezembro e registrado na Polícia;
6. Implantação de unidade de tratamento com cloreto férrico na ETE para garantir qualidade na remoção de matéria orgânica e fósforo do efluente final.
Principais ações entre as 14 concluídas nos últimos anos no SES Costa Norte:
1. Substituição do conjunto moto-bombas da Elevatória do Rio do Brás, com três bombas instaladas e uma quarta reserva;
2. Desativação da ETE Praia Brava. Esta estação, não projetada pela CASAN, operava de forma precária;
3. Início da operacionalização da unidade de tratamento de Jurerê Tradicional;
4. Instalação de mais 15 geradores nas diversas unidades do Sistema, conforme determinava o Plano de Contingência e Emergência apresentado à Agência Reguladora;
5. Revitalização completa, troca de equipamentos e modernização da rede elétrica da ETE Canasvieiras.
Por fim, o documento entregue à Prefeitura relaciona todos os investimentos em Sistemas de Esgoto em andamento ou com recursos assegurados, que vão deixar a cidade com índice superior a 70% de coleta e tratamento até o ano 2018:
1. Ampliação SES Ingleses/Santinho, com implantação de nova ETE e rede, no valor de R$ 69,8 milhões. Abertura das propostas de licitação em 24 de fevereiro;
2. Ampliação da ETE Canasvieiras, com implantação de uma unidade modular com tratamento terciário e capacidade de 100 l/s, no valor de R$ 8 milhões, que estará em operação em 2016;
3. Implantação do SES Lagoinha, no valor de R$ 4,5 milhões, cuja operação está prevista para 2016 ainda;
4. Ampliação SES Saco Grande com implantação de ETE e rede (bairros João Paulo, Saco Grande, Monte Verde, Cacupé, Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui), no valor R$ 85 milhões, com licitação prevista ainda para o primeiro semestre;
5. Ampliação do SES Insular (inclusão dos bairros José Mendes, Itacorubi, Parque São Jorge, Córrego Grande e Pantanal) com ampliação da ETE Insular com investimento de R$ 83 milhões, com licitação prevista parta o segundo semestre;
6. Implantação do SES Sul da Ilha, com execução da ETE Rio Tavares com tratamento terciário, colocando em operação a rede coletora do Campeche. Investimento total de R$ 65,5 milhões, cuja licitação está prevista para o primeiro semestre deste ano;
7. Ampliação do SES Continental Integrado (bairros Abraão e Capoeiras) no valor de R$ 16 milhões, que vai deixar a área continental de Florianópolis próxima a 100% de cobertura ainda em 2016.
Ao revisar o documento final, elaborado em conjunto com engenheiros da Companhia, o presidente da CASAN, Valter Gallina, ressaltou que o valor somado de todas as ações e obras, na ordem de R$ 331 milhões de obras já em andamento ou com recursos assegurados, representarão o maior investimento do país em rede de coleta e tratamento de esgoto em um município. Uma cópia do documento também foi entregue por Gallina, em mãos, ao governador do Estado, Raimundo Colombo, e o vice Eduardo Pinho Moreira.
Foto: Estação de Tratamento de Esgotos do Sistema Costa Norte, localizada em Canasvieiras. (Cid Junkes)
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