Casa de homem que explodiu bomba em frente ao STF pega fogo em Rio do Sul (SC)

O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina atendeu uma ocorrência de incêndio na casa de Francisco Wanderley Luiz, em Rio do Sul (SC), na manhã deste domingo (17). Conhecido como Tiu França, o homem foi responsável pelo atentado terrorista em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta semana, quando arremessou duas bombas, das quais uma causou sua morte.

Brasil de Fato entrou em contato com os Bombeiros de Santa Catarina para saber se há vítimas no incêndio e se ele foi feito de forma intencional ou criminosa, mas não obteve resposta. Na casa vivia a ex-esposa de Luiz.

Francisco Wanderley Luiz era filiado ao PL, mesmo partido de Bolsonaro, e foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC), nas eleições de 2020.

Ele estava morando em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, há três meses. Após o atentado, a Polícia Federal fez uma varredura na casa dele e foram encontrados artefatos explosivos no local.

Em suas redes sociais, Luiz fez publicações com referência a explosões: postou prints de conversas consigo mesmo no WhatsApp em que usa emojis de bombas e “desafia” a Polícia Federal a “desarmar a bomba que está na casa dos comunistas”.

Em outras postagens, Luiz mostrou fotos suas em visita ao prédio do STF, realizada em agosto deste ano.

De acordo com a Polícia Federal, “há indícios de planejamento em longo prazo (do atentado). Ele esteve em Brasília no início de 2023. Uma investigação apura se ele estava no 8/1”, disse o diretor-geral da instituição, Andrei Rodrigues, em entrevista coletiva nesta semana. A polícia investiga, ainda, se o atentado envolveu um planejamento em grupo.

Alvo do ataque, Alexandre de Moraes, ministro do STF, também se manifestou e criticou as teses do “lobo solitário”. “Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que, por questões ideológicas, querem banalizar dizendo o absurdo que foi, por exemplo, um mero suicídio”, disse.

Relembre

Por volta das 19h30 desta quarta, pelo menos duas explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes. A primeira aconteceu no carro de Francisco Wanderley Luiz, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. Os explosivos parecem ter sido acionados de maneira remota.

A segunda, que causou a morte de Luiz, foi próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta.

Edição: Nathallia Fonseca

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