Carta em apoio a Jorge Glas, ex vice presidente do Equador, é enviada à CIDH

Jorge Glas tem sido sujeito a torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes.

Imagem: Plan V

Comissionados

Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)

Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) Dirigimo-nos novamente a vocês com o propósito de mais uma vez dar a conhecer a nossa maior preocupação pela integridade física e pela vida do ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas Espinel, que está detido há oito meses na prisão de segurança máxima de “La Roca”.

É fundamental lembrar que, em um acontecimento inédito, na noite de 5 de abril de 2024, Jorge Glas, que se encontrava como asilado diplomático na sede da Embaixada do México em Quito, foi violentamente sequestrado pelas forças de segurança do estado equatoriano sob as ordens da autoridade máxima daquele país, o presidente Daniel Noboa.

Desde então, Jorge Glas tem sido sujeito a torturas e tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. Enfrentou um regime de detenção tão cruel que o levou não só a fazer greve de fome, mas também a tentar o suicídio. Sua saúde deteriorou-se gravemente, com diagnósticos como “Transformação persistente da personalidade após experiência catastrófica” e “Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos”. Sua vida está em perigo permanente.

Em 14 de novembro deste ano, a Relatora Especial da ONU sobre Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, Alice Jill Edwards, expressou sua preocupação com a situação de Jorge Glas. O perito alertou que as condições de detenção em que está submetido colocam sua vida em risco e chamou a atenção para as responsabilidades que recaem sobre o Estado equatoriano.”>Em 14 de novembro deste ano, a Relatora Especial da ONU sobre Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, Alice Jill Edwards, expressou sua preocupação com a situação de Jorge Glas. O perito alertou que as condições de detenção em que está submetido colocam sua vida em risco e chamou a atenção para as responsabilidades que recaem sobre o Estado equatoriano.

Do Comitê Internacional para a Liberdade de Jorge Glas, estamos convencidos de que todas as vias institucionais equatorianas estão fechadas, já que Jorge Glas é um refém político. Nesse sentido, vemos com esperança a recente visita da CIDH, realizada em 28 de outubro, que permitiu verificar diretamente as condições de tortura a que Jorge Glas é submetido diariamente. Temos certeza de que a ausência de manifestação da CIDH até o momento não tem relação com o calendário eleitoral equatoriano e que sua decisão será conhecida o mais breve possível.

Reiteramos com urgência e respeito o nosso apelo à CIDH para que amplie as atuais medidas cautelares, concedendo ao cidadão Jorge Glas medidas não privativas de liberdade e reconhecendo sua condição de asilo diplomático.

Assinaturas aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdVITkVOvzlbgzuEl2w3cAMRTfHf7a021be7ariuSAt_MzL8w/viewform

 

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