No mesmo dia em que encobriu o corpo do funcionário Moisés Santos durante duas horas mantendo a loja no Recife aberta, o Carrefour anunciou nas redes sociais que “revistou” os protocolos e agora vai obrigar os hipermercados a fecharem em casos de “fatalidades” como essa. O anúncio foi feito nas redes sociais.
“O inesperado falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um infarto, foi muito triste para nós do Carrefour. Sentimos muito e, por conta do ocorrido, revisitamos os protocolos para implementar a obrigatoriedade de fechamento das lojas para fatalidades como essa”, tuitou o Carrefour, respondendo a um internauta no Twitter.
@peamonteiiro O inesperado falecimento do Sr. Moisés Santos, vítima de um infarto, foi muito triste para nós do Carrefour. Sentimos muito e, por conta do ocorrido, revisitamos os protocolos para implementar a obrigatoriedade de fechamento das lojas para fatalidades como essa.
— Carrefour Brasil (@carrefourbrasil) August 18, 2020
Nesta quarta-feira (19), a transnacional varejista divulgou uma nota em que classifica como “triste e inesperado” o falecimento de Moisés. que foi vítima de um ataque cardíaco.
“Reforçamos que, assim que o promotor de vendas começou a passar mal, fizemos os primeiros socorros e acionamos o SAMU, seguindo todos os protocolos para realizar o socorro rapidamente. Após o falecimento, seguimos a orientação de não retirar o corpo do local”, diz o texto, que comprova a mudança de “orientações aos nossos colaboradores para situações raras como essa”.
Nota Oficial do Carrefour pic.twitter.com/t4i1h0iPUq
— Carrefour Brasil (@carrefourbrasil) August 19, 2020
Negócios
Após constatado o falecimento do trabalhador nesta terça, a direção do supermercado reagiu rapidamente, mas priorizando o funcionamento do negócio: escondeu o corpo em um corredor lateral, e o manteve ali durante ao menos duas horas, cercado por guarda-sóis de patrocinadoras de cerveja, até a chegada de uma ambulância do IML (Instituto Médico Legal), por volta do meio-dia.
Enquanto o corpo de Moisés Santos estava oculto, a loja se manteve funcionando normalmente, e também continuou aberta após o corpo ser levado. O caso foi denunciado por clientes que tiraram fotos dos guarda-sóis cobrindo o corpo, e publicaram nas redes sociais.