Carmen Lúcia aponta “gravidade incontestável” em crimes de Salles e envia denúncias à PGR

Notícias-crime foram apresentadas pelo delegado da PF Alexandre Saraiva e PDT. Ministro é acusado de atrapalhar investigação sobre apreensão de madeira

Ministra Cármen Lúcia vota por inconstitucionalidade de MP que reduz área protegida. Foto: Nelson Jr./SCO/STF.
 Foto: Nelson Jr./SCO/STF.

Por Luisa Fragão.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, encaminhou nesta terça-feira (27) à Procuradoria-Geral da República duas notícias-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusado de atrapalhar investigações sobre a apreensão de madeira ilegal do Brasil.

Um dos pedidos de investigação foi apresentado pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, retirado da PF do Amazonas após apresentar notícia-crime no STF contra o ministro. O PDT também pediu apuração.

As duas notícias-crime envolvem a suspeita de que Salles agiu para dificultar a investigação da Polícia Federal sobre a maior apreensão de madeira ilegal da história, totalizando mais de 200 mil metros cúbicos, assim como defender o interesse de madeireiros.

No despacho, a ministra aponta que os fatos contra o ministro são de “gravidade incontestável” e envolvem “tema de significação maior para a vida saudável do planeta, como é a questão ambiental”.

Deputados de partidos da oposição apresentaram na Câmara, nesta quarta-feira (28), o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Meio Ambiente, para investigar denúncias de omissões e crimes cometidos pelo ministro. O documento é assinado por deputados do PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Rede e PV.

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