Candidatos quenianos fecham campanha eleitoral

kenyan_elections Nairobi, 2 mar (Prensa Latina) Os candidatos presidenciais às eleições gerais no Quênia realizaram ontem seus últimos atos de campanha antes das eleições de segunda-feira, que convoca mais de 14 milhões de eleitores ao voto. Oscilando constantemente, e com uma mínima diferença de porcentagem, o primeiro ministro queniano, Raila Odinga, e o vice-primeiro ministro, Uhuru Kenyatta, são apontados nas últimas pesquisas como os favoritos, em uma disputa com outros seis candidatos.

Também se candidataram à presidência Musalia Mudavadi, Peter Kenneth, Muhamed Abduba Dida, James Ole Kiyiapi e Martha Karua, a única mulher.

Um estudo de opinião do Ipsos Synovate divulgado no final de fevereiro indicou que Kenyatta teria 44,8% dos votos e Odinga 44,4%.

Mais de 14 milhões de quenianos estão convocados às urnas no dia 4 de março, e pela primeira vez votarão de maneira simultânea para eleger o presidente, senadores, governadores e outros cargos locais, segundo estabelece a Constituição de 2010.

Em um debate televisivo ao vivo realizado no mês passado, Odinga provocou seu principal rival ao comentar que teria dificuldades de liderar o governo, que “suporia um grande desafio governar via Skype desde Haia”.

Kenyatta e seu candidato a vice-presidente, o deputado e ex-ministro de Educação William Ruto, foram acusados pela Corte Penal Internacional (CPI) de ter provocado os atos de violência nas eleições de 2007.

Esses episódios de violência, vinculados também a problemas étnicos, deixaram mil 100 mortos, três mil 500 feridos e 600 mil deslocados, segundo dados revelados.

Em uma mensagem ontem, o presidente do Quênia, Mwai Kibaki, convocou os candidatos a aceitar suas eventuais derrotas, e pediu à população que vote com tranquilidade e participe de forma democrática e pacífica das eleições.

O presidente anunciou que foram criadas as medidas de segurança para garantir a estabilidade durante o processo eleitoral e domina uma atmosfera de tranquilidade.

Kibaki sublinhou que 4 de março “é nosso encontro com o destino” e fez um chamado a dar uma mensagem clara “ao mundo de que nossa democracia já é maior de idade”.

Um voto pacífico é votar por um Quênia seguro, próspero e estável, afirmou.

A Polícia queniana mobilizará cerca de 99 mil efetivos para vigiar os colégios de votação, revelou David Kimaiyo, inspetor geral do corpo policial.

ale/jcd/cc

Foto: http://omiusajpic.org

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.