Um dos motivos para a retaliação ao filme pode ser a participação da atriz Fernanda Montenegro, hostilizada pelo atual secretário de Cultura, Roberto Alvim
Servidores da Agência Nacional de Cinema (Ancine), ativistas e cinéfilos ocuparam a Cinelândia nesta quinta-feira (12) para uma exibição de última hora de “A vida invisível”, de Karim Aïnouz.
O longa seria projetado esta semana no auditório da sede da agência, no Centro do Rio de Janeiro, dentro de uma iniciativa dos funcionários iniciada em 2017. Mas a sessão acabou cancelada sem explicações, dando conotação política ao evento.
Quase 500 pessoas se espremeram sob duas lonas armadas na Rua Pedro Lessa, na noite chuvosa, aos gritos de “Viva o cinema brasileiro!”, para assistir ao longa que representa o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar.
A equipe da Ancine, que já tinha acertado a exibição com a produção e a distribuidora Vitrine Filmes, ganhou o apoio logístico do Coletivo Projetação, acostumado a estampar mensagens militantes em prédios públicos do Rio.
Um dos motivos para a retaliação ao filme pode ser a participação da atriz Fernanda Montenegro, hostilizada pelo atual secretário de Cultura, Roberto Alvim.