Manning publicou uma carta dirigida à ministra canadense da Imigração, Refugiados e Cidadania, onde se considera inadmissível o seu ingresso ao país, devido às atividades pelas quais foi condenada.
O nome de quem escreveu a carta foi riscado. Nela se fala das acusações de espionagem de Manning e acrescenta que se essas ações tivessem sido cometidas no Canadá seriam equivalentes a um crime e até a traição.
O documento sugere que Manning tentou entrar no Canadá na sexta-feira pela fronteira em Saint-Bernard-de-Lacolle, província de Quebec, o mesmo lugar que desde o início do ano vê o aumento das solicitações de asilo provenientes dos Estados Unidos.
O departamento da Imigração, Refugiados e Cidadania se recusou a comentar o caso invocando leis de privacidade, destacou o sítio CBC News.
“Nosso governo está comprometido em garantir que cada caso apresentado ao ministério seja evaluado em base a seus méritos e com justiça. Todos os solicitantes podem esperar um tratamento imparcial e profissional e uma tomada de decisões clara e responsável”, disse em um correio eletrônico um porta-voz da entidade.
O primeiro ministro Justin Trudeau disse que esperava receber mais informação o antes possível.
Manning saiu da prisão em 17 de maio graças a que Barack Obama comutou a pena de 35 anos de prisão.
Esteve presa durante quease sete anos, tentou se suicidar duas vezes em 2016, e cumpriu a punição mais longa já imposta nos Estados Unidos em uma condena por vazamento de informação.