O projeto que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a única operadora de petróleo na camada pré-sal, passa a tramitar em regime de prioridade, aprovado pela Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (12). A proposta original é de autoria do senador licenciado, atual ministro interino das Relações Exteriores, José Serra, e tem como objetivo entregar as riquezas do Brasil para as multinacionais do petróleo, com as quais se comprometera quando candidato a presidente. A pressa não é à toa, o pré-sal está no centro do golpe.
O texto já passou pelo Senado. Caso a Câmara aprove o projeto sem modificações, ele segue para sanção do presidente interino, Michel Temer.
As consequências da mudança nas regras de exploração do pré-sal são muitas:
– Menos recursos para saúde e educação, já que, a partir do ano que vem, os lucros do Pré-sal serão repassados ao Fundo Social e servirão como investimento na saúde (25%) e educação (75%);
– Mais riscos de acidentes, pois para aumentar o lucro, as multinacionais reduzem o investimento em segurança ao mínimo necessário;
– As compras no país diminuirão, porque a Petrobras é praticamente a única grande petrolífera que compra no país. Empresas estrangeiras jamais compraram plataformas aqui em 16 anos;
– Produção predatória. A Petrobras busca retirar o máximo de óleo do campo, enquanto as multinacionais retiram a quantidade de óleo que maximiza a rentabilidade;
– Riscos de fraudes na declaração de produção, visto que petrolíferas estrangeiras podem dizer que produziram menos para pagar menos royalties;
– Perda do petróleo para ações estratégicas internacionais, pois ele serve para negociar posições políticas e obter compradores.
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Fonte: Alerta Social.