“Cadê os Yanomami” toma as redes e milhares pedem justiça contra a barbárie dos garimpeiros

Mobilização nas rede pede esclarecimentos sobre o que ocorreu com a aldeia.

Reprodução Twitter

No dia 25 de abril houve uma denúncia de que uma menina da comunidade Aracaçá, na região de Waikás, uma das mais atingidas pelo garimpo ilegal na Terra Yanomami, morreu após ser estuprada por garimpeiros.

Além da destruição ambiental e a disseminação de doenças e desnutrição que o garimpo ilegal causa, os índios e índias também têm que se preocupar com garimpeiros estupradores e assassinos. Já havia sido reportado anteriormente que os garimpeiros abusavam sexualmente de mulheres, coagindo-as a fazer sexo em troca de comida na Terra Yanomami, mas nada foi feito. Trata-se de mais um bárbaro episódio da lista de atrocidades cometidas contra indígenas em nosso território há mais de 500 anos.

Depois da denúncia, a comunidade foi encontrada queimada e os indígenas que viviam no local estariam desaparecidos. Desde então a hashtags “CADÊ OS YANOMAMI” vem ganhando repercussão e tem mobilizado lideranças indígenas, autoridades, políticos, artistas e influencers, além de outros milhares, que pedem justiça nas redes sociais.

A polícia federal de Bolsonaro não investigará seriamente nenhuma denúncia feita contra os garimpeiros. Nesse sentido, é necessária uma investigação independente que garanta justiça para os Yanomami. É preciso lutar pela retirada dos garimpeiros de todas as terras indígenas, denunciar o governo Bolsonaro e os militares pela defesa criminosa do garimpo ilegal que devasta a natureza e promove barbáries contra os povos indígenas.

Esses são crimes contra a humanidade perpetuados pelo capitalismo e pelo Estado brasileiro. O Estado é responsável por esses crimes que há 522 anos ocorrem no território nacional, tendo o STF como parte dessa responsabilidade.

Não ao Marco Temporal e a PL 490 que o STF quer aprovar para tirar o direito à demarcação dos povos!

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