O processo contra as empresas suspeitas de cartel nos metrôs paulistas ficará para o ano que vem, juntamente com as eleições para governador e presidente. Segundo informações publicadas na última sexta-feira (29/11) no jornal Folha de S. Paulo, o adiamento se fez necessário, porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não conseguiu finalizar a análise do material apreendido em 13 empresas no último dia 4 de julho.
Segundo o jornal, o material encontrado foi digitalizado e ocupa arquivos de 30 Tbytes, um dos maiores volumes já apreendidos na história do conselho.
A busca teve início no acordo que a Siemens assinou com o Cade em maio. A multinacional alemã, para ter uma punição menor, acusou as empresas de conluio nas licitações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de São Paulo e no metrô do Distrito Federal. Com a divisão, as empresas pretendiam aumentar seus ganhos.
A busca foi feita em gigantes que atuam no mercado global de trens, como Alstom, Bombardier e Mitsui. O Cade não confirmou o número de funcionários envolvidos na análise dos papéis, mas a reportagem da Folha fala em ao menos de dez funcionários.
O prazo original para a abertura do processo era até 22/11. O Cade pediu uma prorrogação de mais 60 dias. Após a análise dos documentos, o processo deverá ser reaberto e as empresas poderão apresentar suas defesas.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr.
Fonte: Carta Capital.