A jornalista Neusa Baptista é negra. Como muitas crianças que tem o cabelo crespo, ela sofreu na escola com brincadeiras feitas por outros colegas, o que muitas vezes configurava bullying.
Neusa cresceu e venceu o preconceito. Mas não esqueceu a experiência ruim que teve. Já formada, escreveu um livro tratando do assunto: Cabelo Ruim?
O título em forma de pergunta já é uma provocação: por que o cabelo crespo tem que ser ruim? Ela criou uma história baseada nas sobrinhas, que como ela, também tem cabelos cacheados e – infelizmente – passaram por maus bocados na escola.
O livro acabou virando um projeto, Cabelo Pixaim, que percorre escolas do Mato Grosso, fazendo as crianças pensar sobre a importância de respeitar as diferenças. E mais do que isso, um tema para conversar sobre a diversidade.
Hoje, a discussão passa por outros assuntos, que envolvem as diferenças na infância e na adolescência. As sobrinhas que foram personagens do livro participam da atividade cantando e dando o testemunho de como encaravam o problema e o que as fez mudar de postura.
Foto: arquivo pessoal
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