Por Victor Ohana.
Os índices de trabalho informal bateram novo recorde no Brasil durante o trimestre encerrado em outubro deste ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira 29.
A pesquisa contabilizou 11,9 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, número estável estatisticamente se comparado ao registrado no trimestre anterior, mas com alta de 2,4% em relação ao mesmo período de 2018. O percentual equivale a 280 mil novos trabalhadores sem registro formal no mercado de trabalho.
Os trabalhadores por conta própria, também considerados como trabalhadores informais, chegam a 24,4 milhões no país. O índice é estável frente ao trimestre anterior, mas 3,9% maior em relação ao mesmo período em 2018. O percentual equivale a novos 913 mil trabalhadores por conta própria no país.
A taxa de desemprego permaneceu em 11,6%, número semelhante ao do trimestre de maio a julho, que registrou 11,8%, e também próximo ao divulgado no trimestre de agosto a outubro de 2018, 11,7%. São 12,4 milhões de brasileiros desempregados.
Já a população ocupada é de 94,1 milhões, índice que registra crescimento em ambas as comparações: a alta é de 0,5%, ou seja, mais 470 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior, e de 1,6%, mais 1,4 milhão de pessoas, se comparado ao mesmo trimestre de 2018.
A população subutilizada, composta por quem procura emprego, quem desistiu de procurar ou quem trabalha menos horas do que gostaria, diminuiu 3,5% frente ao trimestre anterior. Foram menos 972 mil pessoas nessa situação, chegando a 27,1 milhões.