Por Gabriel Valery.
O Brasil registrou nesta sexta-feira (16) mais um dia com número de mortes acima de 3 mil por covid-19. Nas últimas 24 horas foram 3.305 novas vítimas, totalizando 368.749 desde o início da pandemia, em março de 2020. A média móvel de mortes, calculada em sete dias, segue em patamar alto; 2.862. Os números indicam estabilidade de vítimas no pico da pandemia, como aponta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em relação ao número de novos casos, foram 85.774 registros, um número bastante superior à média atual, de 65.612. O dado evidencia o descontrole da pandemia. O vírus circula de forma acelerada no Brasil desde novembro do ano passado e, em março, o país foi declarado epicentro da pandemia no mundo, quando superou os Estados Unidos em números de mortes e casos diários.
Vacinas
Em relação à vacinação, o Brasil segue em ritmo lento. Foram aplicadas até o momento 32,8 milhões de doses, o que representa 15,44% da população. Estão imunizados com a segunda dose 3,76% dos brasileiros. Isso coloca o país atrás de 64 países que proporcionalmente vacinaram mais. Entre eles, Chile, Uruguai, Chipre, Butão e Mongólia, por exemplo, além de uma série de países europeus que aceleraram a vacinação nas últimas semanas.
Momento perigoso
Após um período de queda do contágio de covid-19 em todo o mundo nos dois primeiros meses do ano, essa tendência foi revertida de março para cá. Os principais responsáveis são Brasil e Índia. O país asiático vive uma segunda onda intensa de novos casos, entretanto, a mortalidade é inferior à do Brasil.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta sexta-feira (16) que o cenário piorou; quase duplicaram os casos nos últimos dois meses. A situação está próxima do valor mais elevado registrado até agora. “Os casos de infecção e as mortes continuam a aumentar a uma velocidade preocupante”, disse. Além de Brasil e Índia, Turquia, França e Estados Unidos apresentaram piora na transmissão do vírus na última semana.