O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira (15/01) a saída do Brasil da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), bloco criado em 2010 que propõe uma articulação da região sem a presença do Canadá e dos Estados Unidos.
“Foi informado que o Brasil não considera estarem dadas as condições para atuação da Celac no atual contexto de crise regional. Foi dado ciência, igualmente, que qualquer documento, agenda ou proposta de trabalho que viesse a ser adotado durante a reunião ministerial não se aplica ao Brasil”, disse o Itamaraty.
No dia 8 de janeiro, o México assumiu a presidência temporária do bloco. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o chanceler mexicano, Macerlo Ebrad, chegou a ligar para o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, para convencer o governo brasileiro a permanecer no bloco.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que “em resposta ao convite do México, o governo brasileiro comunicou antecipadamente à chancelaria mexicana que o Brasil não participaria dos eventos relacionados à instalação da nova presidência por tempore da Celac”.
A conversa entre os diplomatas teria ocorrido ainda em dezembro do ano passado, após Brasília parar de colaborar com a Celac durante a presidência temporária da Bolívia, ainda governada por Evo Morales.
Ainda de acordo com o jornal, os principais motivos que levaram à decisão brasileira foi a presença dos governos da Venezuela e de Cuba no bloco regional.