Entre 2003 e 2013, o número de mulheres mortas em condições violentas passou de 3.937 para 4.762, registrando um aumento de 21% na década. Somente em 2013, foram registradas 4.762 mortes de mulheres – o que representa 13 homicídios femininos por dia.
Os dados foram revelados hoje no lançamento do Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio do escritório no Brasil da ONU Mulheres, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
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Com uma taxa de 4,8 assassinatos em 100 mil mulheres em 2013, o Brasil piorou no ranking dos países com maior índice de homicídios femininos: passou da sétima posição, em 2010, para a quinta, em 2013, em uma lista de 83 nações.
De acordo com o Mapa, somente El Salvador, Colômbia, Guatemala (três países latino-americanos) e a Federação Russa evidenciam taxas superiores às do Brasil – o que é um claro indicador de que os índices do País são excessivamente elevados.
O estudo revelou ainda que a conjugação de discriminações torna as mulheres negras mais expostas à violência fatal. O número de homicídios de brancas caiu de 1.747 vítimas, em 2003, para 1.576, em 2013. Isso representa uma queda de 9,8% no total de homicídios no período. Já os homicídios de negras aumentaram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas.
Fonte: Agência Patrícia Galvão.