A América Latina se mantém como a região do mundo com maior desigualdade de renda, e o Brasil aparece em quarto, apesar das melhorias nesse setor na última década, informou na quarta-feira 24 uma fonte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo dados do PNUD, Honduras, Bolívia, Colômbia, Brasil e Chile são os países mais desiguais por renda. Já as nações de menos desigualdade são Nicarágua, Argentina, Venezuela, Uruguai, Jamaica e Peru. “A América Latina continua sendo a região do mundo que tem, de longe, a mais alta desigualdade”, anunciou o coordenador do Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano da Colômbia 2013, Hernando Gómez, em uma entrevista coletiva.
Essa circunstância se mantém, embora na América Latina, “pela primeira vez em quatro décadas”, durante os dois últimos anos a desigualdade na distribuição de renda “tenha diminuído”, o que não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo, destacou Gómez.
Segundo o assessor do PNUD, que apresentou no Panamá o Relatório Mundial de Desenvolvimento, a desigualdade na América Latina se deve ao fato de ser a região com mais milionários do que em outras áreas do mundo. Na região, em seu conjunto, “a desigualdade diminuiu” e isso “deve ser comemorado e valorizado”, comentou o representante do PNUD.
A queda na desigualdade se deve, principalmente, ao aumento no nível educacional, à melhora no sistema de saúde e a um maior acesso ao emprego, além dos programas públicos de transferência de renda.
Foto: ©afp.com / Eitan Abramovich
Fonte: Carta Capital.