Podem a 562 mil as mortes causadas pela covid-19 no Brasil até o dia 1º de julho. E somente neste mês de abril o país caminha para superar a casa de 100 mil óbitos. A projeção é do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, Estados Unidos. E baseia-se nas atuais curvas de contaminação e morres causadas pela doença no país, que vive o momento mais grave da pandemia do novo coronavírus. Neste domingo (4), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) notificou a ocorrência de 31.359 novos casos de covid-19 no Brasil, com 1.240 mortes nas últimas 24 horas.
O total de casos de covid-19 no Brasil acumula 13,9 milhões desde março do ano passado, sendo que 331.443 culminaram em mortes dos pacientes. Ainda segundo a Universidade de Washington, o Brasil deve terminar maio com mais de 500 mil mortes. Os números projetados são consequência do mau uso de máscaras e de baixa taxa de isolamento deve levar o país a
O estudo da Universidade de Washington vem ao encontro de estimativas feitas por especialistas no Brasil. Em entrevistas, o médico e neurocientista Miguel Nicolelis tem dito que, depois de atingir seu momento mais letal em mais, o país terá indicadores ainda piores nos meses de maio e abril.
Isso porque, mesmo nas regiões em que os gestores apresentam discursos menos negacionistas do que o de Jair Bolsonaro, governos locais cedem a pressões. Assim, ao resistir em não adotar o regime de lockdown necessário para conter a alta das contaminações, não evitam os recordes diários das vidas perdidas. Os sistemas de saúde cada vez mais sufocados fazem com que, embora a média semanal dos casos de contágio apresentem redução, a de mortes seguem em alta. De acordo com Nicolelis, a curva de letalidade aponta para para entre 4 mil e 5 mil óbitos por dia entre abril e maio.