Por Anthony Boadle.
BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil colocou em vigor um acordo de livre comércio com a Autoridade Palestina que aguardava ratificação há mais de uma década, em uma demonstração de apoio ao povo palestino.
“O acordo é uma contribuição concreta para um Estado palestino economicamente viável, que possa viver de forma pacífica e harmoniosa com seus vizinhos”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Brasil nesta segunda-feira em um comunicado.
O Brasil, que reconhece um Estado palestino e permitiu que uma embaixada palestina fosse construída na capital brasileira em 2010, ratificou na sexta-feira o acordo entre o Mercosul e a Autoridade Palestina, que havia sido assinado em 2011.
Não estava claro se outros membros do Mercosul seguiriam o exemplo. Não se espera que o governo de extrema-direita do presidente Javier Milei, da Argentina, faça o mesmo.
Os ministérios das Relações Exteriores do Uruguai e do Paraguai não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
O embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Al Zeben, chamou a decisão do Brasil de “corajosa, solidária e oportuna”.
É “a maneira efetiva de apoiar a paz na Palestina”, disse ele em uma mensagem à Reuters, acrescentando que espera que o comércio da Palestina com o Mercosul, atualmente de apenas 32 milhões de dólares por ano, cresça.
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