Mesmo entre cercas, estradas, rodovias e riachos inundados – pelas chuvas incessantes – o fogo de chão, dos Mbya GUARANI, está lá com suas brasas ardentes esperançando os dias e as noites.
São clarões, luzes intensas, quentes e resistentes como as suas lutas pela vida, pela terra, pelo bem viver de todas e todos os seres da Pachamama.
Estão lá – destemidos, determinados, ancestralizados – reclamando pelos direitos sonegados através daqueles e daquelas que se protegem nos gabinetes e palácios.
Requerem, nas margens de tudo, demarcação já , assistência plena, constante e diferenciada já, reclamam proteção aos seus modos de ser e dizem, insistentemente, não ao marco temporal.
Porto Alegre, 14 de setembro de 2023.
Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.
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