Bolsonaro sofre nova surra no STF. Toc, toc! Por Altamiro Borges.

Por Altamiro Borges.

Recentemente, em um canal da extrema-direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro confessou ter medo de ser acordado pela Polícia Federal durante a madrugada. Com seu mimimi vitimista, ele choramingou que temia ir para a cadeia em breve. Motivos para ser preso não faltam: genocídio durante a pandemia da Covid-19; roubo das joias das Arábias; falsificação do cartão de vacinação; e inúmeros atentados às instituições democráticas, que culminaram na ação golpista no 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

A confissão lacrimosa confirma que o cerco está se fechando. Há muita especulação de que finalmente a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentará a denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente fujão. E há fortes indícios de que o fascistóide não terá vida fácil no STF. Na semana passada, por exemplo, a ministra Cármen Lúcia negou pedido da sua defesa para anular a investigação sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

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Como realçou o Estadão neste domingo (2), “caso a ministra aceitasse a argumentação da defesa, isso poderia resultar não apenas na invalidação da investigação sobre a fraude nos cartões de vacinação, mas também comprometer outras apurações conexas, como a suposta trama golpista e o desvio das joias sauditas, todas pelas quais Jair Bolsonaro é indiciado. Como essas investigações compartilham elementos de prova e foram conduzidas sob a regra da conexão, o reconhecimento de alguma irregularidade poderia abrir brechas para questionar a legalidade de outros processos”.

Insônias do ‘capetão’ se agravaram

A ministra do STF simplesmente rejeitou todas as desculpas apresentadas pelo ex-presidente. “Cármen Lúcia também apontou questões formais não cumpridas pela defesa, incluindo o uso inadequado do mandado de segurança, que não pode substituir um recurso contra decisões judiciais, como pretendiam os advogados de Bolsonaro. Além disso, mesmo que esse tipo de ação fosse cabível, a ministra ressaltou que o pedido foi apresentado fora do prazo legal de 120 dias, previsto para ações como o mandado de segurança, o que levou à rejeição do pedido”, descreve o Estadão.

Como lembra o jornalão, “foi justamente a partir das provas colhidas na investigação sobre a fraude no cartão de vacinação que, em maio de 2023, a PF deflagrou a Operação Venire, resultando na prisão de Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro –, além de buscas e apreensões contra outros envolvidos, incluindo assessores e ex-membros do governo do ex-presidente”. Já o site UOL registra que “Cármen Lúcia já negou outro pedido da defesa de Bolsonaro, no âmbito da investigação das joias sauditas, em 2024. Na ocasião, a ministra rejeitou solicitação para anular a investigação”.

Diante dessa recente decisão, as insônias do “capetão” devem ter se agravado nos últimos dias. O toc-toc-toc na madrugada da Polícia Federal em sua residência deve apavorá-lo.

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