Bolsonaro renomeia presidente da Funarte que diz que rock leva ao aborto e satanismo

Indicado pelo terraplanista Olavo de Carvalho, Dante Mantovani afirmou que o rock leva às drogas, ao sexo, aborto e santanismo. "O próprio John Lennon disse abertamente, mais de uma vez, que ele fez pacto com o diabo para fazer sucesso". Este é o nível do obscurantismo do presidente renomeado da Funarte.

Imagem: Reprodução Esquerda Diário

Bolsonaro renomeia presidente da Funarte que diz que o rock leva ao aborto e satanismo.

A depuração que Bolsonaro vêm realizando no governo desde a demissão de Mandetta, depois intensificada com a saída de Sérgio Moro, agora tem o seu exemplo obscurantista e conspiratório em Dante Mantovani, olavista de carteirinha que representa a ala ideológica do governo, comandada via EUA pelo medievalista Olavo de Carvalho.

Entre as pérolas reacionárias e podres do conservador que retomou a presidência da Funarte após dois meses demitido após a nomeação de Regina Duarte como secretária da Cultura voltou ao cargo, é de que o “rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto, que, por sua vez, alimenta uma coisa muito mais pesada, que é o satanismo.” Uma afirmação que parece uma versão reacionária da canção popular para crianças A vó a bordar.

Bolsonaro retoma um importante cargo para a ala ideológica de seu governo, comandada pelo arqui reacionário Olavo de Carvalho dos EUA, que além de exercer influência sobre os filhos de Bolsonaro, também possui estreitas afinidades com os ministros da Educação e das Relações Internacionais. Regina Duarte havia entrado no local do secretário que fazia apologia ao Nazismo e protagonizou um dos maiores escândalos do governo ao início do ano por seu discurso inspirado no nazista Joseph Goebbels, Bolsonaro busca uma certa recomposição na arena de sua “batalha cultural” contra o “gramscianismo”.

Outra declaração que vale relembrar de Dante Mantovani é a de que “existem certos indícios de que a distribuição em larga escala de drogas, do LSD, foi feita pela própria CIA. Havia infiltrados do serviço soviético lá”, afirmou em outro momento.

Por trás do conteúdo tragicômico destas declarações obscurantistas, Jair Bolsonaro mostra, com a renomeação do presidente da Funarte, sua busca de se refortalecer nas bases mais duras do bolsonarismo que se produzem em base a teorias reacionárias e conspiratórias, junto ao apoio dos militares e negociações com a velha oligarquia do centrão. É necessário que toda esse bando de reacionários que chegam a negar a existência da pandemia mundial seja deposto pelas mãos da classe trabalhadora, por isso defendemos Fora Bolsonaro, Mourão e militares, sem nenhuma confiança nos governadores, no congresso e no STF!

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