247 – Jair Bolsonaro solicitou ao novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, que retome as investigações para descobrir o suposto mandante da facada que recebeu durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 2018. Apesar de dois inquéritos da PF apontarem que Adélio Bispo atuou sozinho no planejamento e execução do atentado, Bolsonaro e apoiadores insistem na tese de que o PSOL estaria por trás do crime.
Segundo reportagem da CNN Brasil, o ministro da Justiça, Anderson Torres, também teria participado da reunião realizada na semana passada, antes mesmo de ser empossado no cargo. O novo diretor-geral da PF também tomou posse esta semana.
Andamento do caso Adélio
Atualmente, as investigações sobre a facada estão paralisadas porque a PF aguarda uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para poder acessar os telefones celulares dos advogados que defenderam Adélio.
Além disso, um laudo psiquiátrico forense apontou que Adélio sofre de transtornos delirantes permanentes. Ele foi considerado inimputável pela Justiça e permanece preso. A decisão, porém, não foi bem aceita por Bolsonaro, que sempre insistiu na tese de que o atentado contra foi motivado por razões políticas.
Em setembro do ano passado, após Sergio Moro deixar o Ministério da Justiça, Bolsonaro afirmou que a investigação “poderia ter chegado ao fim” se tivesse escolhido outro ministro no lugar do ex-juiz. Neste ano, a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) foi condenada a indenizar o ex-deputado do PSOL Jean Wyllys por ter divulgado uma fake news em que o associava à tentativa de homicídio contra Bolsonaro.