Numa medida inédita, que não tem precedente na história recente da diplomacia brasileira, Jair Bolsonaro decidiu indicar um militar, diretor de marketing de uma empresa de defesa israelense no Brasil, para ser o próximo embaixador do país em Israel.
É mais uma atitude desastrada da política externa de Bolsonaro que tende a provocar muita polêmica, como foi também a tentativa fracassada que fez de nomear seu filho Eduardo embaixador nos Estados Unidos.
Reportagem de Igor Gielow na Folha de S.Paulo informa que o indicado é o coronel da reserva Paulo Jorge de Nápolis, que trabalha na empresa aeroespacial IAI (Israel Aerospace Industries).
Quando exerceu o cargo de adido militar, o coronel foi responsável pela interlocução diplomática com na área de defesa, setor em que Israel tem muita expertise e interesses, já que é um país envolvido numa guerra de ocupação contra o povo palestino e tem conflitos com vizinhos.
A empresa israelense em que o coronel trabalha no Brasil, a IAI, opera com drones, sistemas de segurança e na área de aviônicos.
As relações com o governo israelense estão entre as prioridades da diplomacia do governo de extrema-direita do Brasil.