Jornal GGN – Nesta segunda (16), Jair Bolsonaro voltou a menosprezar o avanço do coronavírus e a minimizar sua participação nos protestos de 15 de março, contra o Congresso e o STF.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele disse que não vê elementos para um processo de impeachment contra ele e acrescentou que um presidente não pode ser “ameaçado” nem isolado por causa do coronavírus.
“Seria um golpe isolar o chefe do Poder Executivo por interesses outros que não sejam os republicanos”, disparou.
Bolsonaro deveria estar em auto-quarentena e sob monitoramento após ter contato com diversos assessores que foram infectados por coronavírus após viagem aos Estados Unidos, na semana passada. O presidente testou negativo para a doença, mas deve repetir o exame em alguns dias.
Sem seguir as recomendações médicas e furando o consenso por isolamento, Bolsonro chegou a ter contato com mais de 270 pessoas somente no domingo. Ele apertou a mão de pelo menos 140 delas. O jornal Estadão fez o levantamento a partir da análise das imagens do protesto, em que Bolsonaro interagiu fisicamente com seus seguidores.
Cobrado durante a entrevista à rádio, ele disparou: “Se eu me contaminei, isso é responsabilidade minha. Ninguém tem nada a ver com isso.”