Bolsonaro diz que seria “golpe” isolar presidente por coronavírus

Após ter contato com mais de 270 pessoas no dia 15/3, Bolsonaro dispara: "Se eu me contaminei, ninguém tem nada a ver com isso"

Foto: Captura de tela vídeo FB do Jair Bolsonaro

Jornal GGN – Nesta segunda (16), Jair Bolsonaro voltou a menosprezar o avanço do coronavírus e a minimizar sua participação nos protestos de 15 de março, contra o Congresso e o STF.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele disse que não vê elementos para um processo de impeachment contra ele e acrescentou que um presidente não pode ser “ameaçado” nem isolado por causa do coronavírus.

“Seria um golpe isolar o chefe do Poder Executivo por interesses outros que não sejam os republicanos”, disparou.

Bolsonaro deveria estar em auto-quarentena e sob monitoramento após ter contato com diversos assessores que foram infectados por coronavírus após viagem aos Estados Unidos, na semana passada. O presidente testou negativo para a doença, mas deve repetir o exame em alguns dias.

Sem seguir as recomendações médicas e furando o consenso por isolamento, Bolsonro chegou a ter contato com mais de 270 pessoas somente no domingo. Ele apertou a mão de pelo menos 140 delas. O jornal Estadão fez o levantamento a partir da análise das imagens do protesto, em que Bolsonaro interagiu fisicamente com seus seguidores.

Cobrado durante a entrevista à rádio, ele disparou: “Se eu me contaminei, isso é responsabilidade minha. Ninguém tem nada a ver com isso.”

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