O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar ontem, segunda-feira (22), a divulgação de dados de desmatamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mas reconheceu que a declaração de que os dados não eram verdadeiros foi “exagerada”, registra O Globo. Bolsonaro voltou a defender que o Inpe antes de divulgar qualquer dado sobre desmatamento comunique com antecedência o governo.
“Olha, levando-se em conta até a época, foi exagerada. Em sendo exagerada, você pode adjetivá-las da maneira que você achar melhor”, disse o presidente, ao ser questionado se houve precipitação na fala.
Na sexta-feira (19), Bolsonaro criticou Galvão por causa de levantamentos recentes sobre desmatamento. Segundo esses dados preliminares de satélites do Inpe, mais de 1.000 km² de floresta amazônica foram derrubados na primeira quinzena deste mês —um aumento de 68% em relação a julho de 2018. As informações são do Deter, sistema da instituição que lança alertas sobre mudanças de vegetação.
O presidente também voltou a criticar o Inpe. Disse que antes de divulgar os dados, o instituto deve informar ao ministro Marcos Pontes, de Ciência e Tecnologia. E que ele, Bolsonaro, deve ser informado para não ser surpreendido.
“Você pode divulgar os dados, mas tem que passar pelas autoridades até para não ser surpreendido. Até por mim. Eu não posso ser surpreendido por uma informação tão importante quanto essa daí. Eu não posso ser pego de calças curtas por aí, como eu acabei de falar para vocês, né? As informações têm que chegar ao nosso conhecimento de modo que nós possamos tomar decisões precisas em cima delas, e não sermos surpreendidos”, concluiu.