O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou mais um corte orçamentário para 2020. O projeto de lei, que já foi apresentado ao poder Legislativo, tem como alvo da vez o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), propondo um corte de 43% e garantindo apenas R$ 415,3 milhões para o próximo ano. É o menor orçamento desde 2012, quando ele recebeu R$ 112,36 milhões.
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A maior redução foi registrada nos chamados investimentos retornáveis ao setor audiovisual por meio de participação em empresas e projetos. Esta ação garante à Ancine, responsável pela gestão do FSA, dinheiro em produções em busca de retornos financeiros. Em 2020, esse orçamento passará de R$ 650 milhões para R$ 300 milhões.
A Ancine tem sido alvo constante de ataques do presidente. Em julho, Jair Bolsonaro declarou que, se não for possível impor mecanismos de censura, vai extinguir a Agência. “Vai ter um filtro sim. Já que é um órgão federal, se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos, passarei ou extinguiremos”, afirmou, usando um neologismo bolsonarista para a palavra censura.
Em agosto, o presidente também defendeu um diretor para a agência com perfil evangélico e a criação de um filtro de patrocínios.