Por Marcelo Hailer.
Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi assassinado na manhã desta quinta-feira (8) por Rafael Silva de Oliveira, 24, que confessou o crime à polícia. Segundo a investigação, o crime ocorreu porque Oliveira, eleitor de Bolsonaro (PL), não gostou do fato de o seu colega de trabalho, dos Santos, ter saído em defesa do ex-presidente Lula (PT).
Segundo informações do RD News, Benedito e Rafael, que eram funcionários de uma agrovila na zona rural de Confresa (a 1.167 km de Cuiabá), discutiram por motivos políticos e, exaltado, Rafael, eleitor de Bolsonaro (PL), esfaqueou o colega, que defende o voto em Lula (PT).
Investigações da polícia apontam que a briga entre os dois teria começado na noite desta quarta-feira (7), dia em que o presidente Bolsonaro usurpou a data para fazer comícios eleitorais nos atos pelo 7 de Setembro. Porém, o corpo de benedito foi encontrado na manhã desta quinta pela sua chefe, que não teve identidade revelada.
Em depoimento à polícia civil, a mulher disse que perguntou a Rafael o que teria acontecido, visto que ele foi o último a estar com Benedito, mas, o suspeito deu uma resposta confusa que deixou a mulher desconfiada: Rafael disse que dois homens teriam invadido o local, executado Benedito e depois ainda teriam tentado matá-lo. Mas, logo depois de contar tal versão a sua chefe, Rafael pediu um adiantamento, ou seja, tinha a intenção de fugir. Foi neste momento que a mulher resolveu chamar a polícia.
Outro fato que chamou a atenção da responsável pela agrovila, é que Rafael tinha sangue nas roupas, cortes nos supercílios e arranhões pelo corpo.
Rafael foi preso em flagrante e confessou o crime em depoimento à polícia. Em seu relato, o bolsonarista declarou que “acabou saindo de si e matou seu colega com golpes de faca”. Mesmo com o crime confesso, a Polícia Civil continua investigando o caso.
Segundo o delegado Victor Oliveira, da Delegacia Municipal de Confresa, a motivação do crime foi ódio político. Ao Mídia News, Oliveira pediu aos eleitores para evitarem confronto direto.
“As pessoas têm que ter mais diálogo, sem agressividade e evitar esse tipo de comportamento. Esse tipo de discussão, se não tiver diálogo, melhor evitar”, disse o delegado Victor Oliveira.
O assassino bolsonarista será indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel.