247 – Com a demissão de John Bolton, o governo Bolsonaro perdeu um de seus principais interlocutores nos Estados Unidos. Ele era um dos maiores defensores da aproximação entre Brasil e EUA, destaca a jornalista Patrícia Campos Mello na Folha de S.Paulo.
Bolton era um defensor da proposta de incorporar o Brasil à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como membro pleno – não apenas aliado preferencial extra-Otan, status que o Brasil ganhou após visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março.
A Otan é uma poderosa organização militar multinacional comandada pelo imperialismo estadunidense, da qual fazem parte também países da União Europeia, e já foi acionada em diversas ações militares, entre elas a guerra no Afeganistão, o bombardeio na Líbia e a guerra que em finais dos anos 1990 destruiu a antiga Iugoslávia.
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Integrante da ala linha-dura do governo estadunidense, Bolton era o principal defensor do endurecimento de sanções contra a Venezuela e, caso necessário para tirar Nicolás Maduro do poder, intervenção militar.
O próprio Trump dizia que, se dependesse de Bolton, os EUA já teriam entrado em várias guerras.
Por isso, liderava a pressão para que o Brasil se envolvesse em algum tipo de ação no país sul-americano.