Bolívia prepara licitação para exploração de áreas de gás

La Paz, 26 ago (Prensa Latina) – O Governo boliviano prepara hoje uma licitação internacional para a exploração de novas áreas de gás, a fim de incentivar os investimentos estrangeiros no país, informou o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Sánchez.
A autoridade indicou que o plano tem uma carteira total de 100 áreas, delas se priorizarão 12 até o ano 2021, as quais incluem um potencial de reserva de gás natural superior aos 10 trilhões de pés cúbicos (TCF, por suas siglas em inglês).

Nos próximos meses faremos um leilão de blocos que serão socializadas entre os participantes do Foro de Países Exportadores de Gás (FPEG), do 21 ao 24 de novembro próximo na cidade de Santa Cruz, adiantou Sánchez.

Os projetos serão executados de 2018 a 2019 nos departamentos de Tarija, Chuquisaca e Santa Cruz a fim de incrementar as reservas desse hidro carburo nas áreas Jaguar, Nhancahuazú, Boyuy, Rio Grande, A Penha, Inhiguazú, Sararenda, Itacaray, Os Macacos, Caranda Profundo, Sipotindi e Tacobo.

Atualmente, na Bolívia trabalham empresas petroleiras como a anglo-holandesa Shell, a espanhola Repsol, a russa Gazprom, Petrobras do Brasil e Pluspetrol da Argentina.

Em junho passado, o presidente da nação andino-amazônica, Evo Morales, e o principal executivo da companhia Repsol, Antonio Brufau, assinaram um acordo de exploração de gás para o bloco Inhiguazu, localizado ao Sul do país.

Dito contrato estabelece inicialmente que a empresa europeia, em sociedade com Yacimientos Petrolíferos Promotores Bolivianos-Andina, Shell e PAE, desenvolva os trabalhos no bloco a partir da perfuração do primeiro poço exploratório no campo Boyuy.

Repsol tem direitos sobre uma trintena de blocos na Bolívia: seis de exploração e 25 em fase de desenvolvimento e produção.

Dados oficiais referem que no passado ano, a produção neta total de gás do Grupo no país atingiu os 2 bilhões 390 milhões de metros cúbicos.

Por outro lado, a petroleira anglo-holandesa Shell, está a cargo do projeto exploratório Huacareta, em Tarija, para o qual já concluiu a campanha sísmica e decidiu a localização do primeiro poço ‘Jaguar’ com possível início de atividades de perfuração em abril de 2018.

Ademais, apoiará as atividades no área de Caipipendi, para as quais preveem um investimento de 350 milhões de dólares e para desenvolvimentos posteriores outros 500 milhões, a cargo da companhia espanhola Repsol e a argentina Pan American Energy (PAE).

Durante o VII Congresso Internacional YPFB Gás e Petróleo 2017 que teve lugar a fins de julho na Bolívia, o Ministério de hidrocarbonetos assinou um acordo com a estatal russa Gazprom, para a exploração nas zonas de Vitacua e a Ceiba.

Vitiacua possui uma extensão a mais de 73 mil hectares e faz limite com Caipipendi. A Ceiba tem mais de 47 mil hectares, próxima aos Campos San Alberto, Itaú e Madrejones.

Fonte: Prensa Latina

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