Biden vai manter embaixada em Jerusalém e reconhecimento de Guaidó como ‘presidente’

Foto: Reprodução O Jornal Econômico Portugal

Com a promessa de romper com o legado deixado por Donald Trump, o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, vai manter uma das medidas mais controversas do republicano: a transferência da embaixada norte-americana em Israel para Jerusalém. Além disso, permanecerá reconhecendo o ex-deputado Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela.

Em audiência no Senado nesta terça-feira (19/01), o indicado de Biden para o cargo de secretário de Estado, Anthony Blinken, foi questionado pelo republicano Ted Cruz se os EUA vão manter sua posição sobre Jerusalém e sua embaixada na cidade. “Sim e sim”, respondeu Blinken, sem hesitação.

Trump ordenou em dezembro de 2017 a transferência da embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, cuja porção oriental é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.

Blinken ainda acrescentou que “a única maneira de garantir o futuro de Israel como um Estado judeu e democrático e de dar aos palestinos um Estado a que eles têm direito é a chamada solução dos dois Estados”.

“De forma realista, acho difícil ver perspectivas nesse sentido em curto prazo”, afirmou o futuro chefe da diplomacia americana, ressaltando que é preciso garantir que “nenhum lado tome iniciativas que tornem ainda mais desafiador um processo já difícil”.

Venezuela

Além disso, Blinken disse aos membros do Senado dos EUA que Biden buscaria “alvos mais eficazes” das sanções contra a Venezuela, com o objetivo de destituir o presidente Nicolas Maduro. O novo secretário disse que o governo continuará reconhecendo Guaidó.

Blinken disse ainda que o novo governo buscará mais “assistência humanitária” ao país. “Precisamos de uma política eficaz que possa restaurar a democracia na Venezuela, começando com eleições livres e justas”, disse. Observadores internacionais que acompanharam os últimos pleitos no país afirmam que não há suspeitas de fraude em eleições venezuelanas.

Assentamentos

Logo após a audiência de Blinken, o governo de Israel lançou uma licitação para a construção de mais 2.572 mil residências em colônias judaicas, sendo 2.112 na Cisjordânia e 460 em Jerusalém Oriental.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, definiu a medida como uma “violação de todas as resoluções de legitimidade internacional”.

(*) Com Ansa e Revista Fórum

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