Países europeus que incentivam o uso da bicicleta nos deslocamentos há certo tempo, colhendo seus benefícios para a saúde da população e para a fluidez do tráfego, também acumulam benefícios econômicos desse modo de transporte. é o que mostra um estudo acadêmico encomendado pela European Cyclists’ Federation (ECF), com a finalidade de verificar o impacto na criação de empregos pelo setor da bicicleta.
O estudo mostrou que o benefício econômico da bicicleta na Europa é estimado em 205 bilhões de euros por ano. Intitulado “Cycling Works – Jobs and Job Creation in the Cycling Economy“, o trabalho evidencia que os empregos são originados ”da necessidade de um sistema de transporte mais eficiente para o alívio do congestionamento, benefícios para a saúde e para um melhor acesso”.
Geração de empregos e fortalecimento do comércio
650 mil empregos gerados
Setor emprega 3 vezes mais que o de automóveis
Ciclistas visitam mais vezes o comércio e fortalecem a economia local
Dentre os principais benefícios à economia estão cerca de 650.000 postos de trabalho em período integral, incluídos aqueles na indústria e comércio, infraestrutura ciclística e setor de turismo em bicicleta (cicloturismo) – este último com o maior impacto de contribuição econômica apurado.
Outra verificação importante é que o setor da bicicleta é o que mais emprega entre os modais de transporte, perfazendo o volume de empregabilidade de 3 vezes mais que o setor de automóveis por milhão de volume de negócios, tornando-o o mais inclusivo.
Além da geração direta de empregos, uma análise qualitativa dos postos de trabalho originados pela bicicleta apresenta a opção de inclusão de oportunidades para pessoal de baixa qualificação, onde atualmente se encontra a maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Ciclistas também são melhores para a economia local, fazendo mais compras em lojas, restaurantes, cafés e outras empresas do que utilizadores de outros modais de transporte. O estudo aponta que, apesar de gastar menos por compra, quem usa a bicicleta visita as lojas com maior frequência, é mais leal ao fornecedor do que clientes motorizados e gasta mais em lojas de varejo, inclusive visitando mais as lojas de conveniência locais.
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Fonte: VadeBike.