Coletivo que nasceu na Bahia apresenta novo projeto de produção musical de artistas negros e independentes
A BATEKOO lança selo musical independente que terá foco em artistas negros. BATEKOO Records, como será nominado, é um projeto paralelo à produção das famosas festas mensais do coletivo, que hoje acontece em mais de cinco cidades ao redor do Brasil. “Nós pensamos na necessidade de criar um selo ao olhar para as festas que fazíamos”, afirma Wesley Miranda, 25, co-criador da festa. “Lá mesmo havia uma enorme quantidade de artistas que já possuíam talento, letras, músicas, mas nunca havia a estrutura necessária para alavancar essas carreiras”, completa Miranda.
A principal ideia do selo é lançar novos artistas que, por falta de acesso, ainda não tiveram a oportunidade de desenvolver suas produções, além de estimular a produção cultural por jovens negros no cenário urbano. Num primeiro momento, o projeto contará com poucos artistas e atuará em diversas frentes: produção musical, produção audiovisual, design, redes e mídias sociais e agendamento de shows. “A nossa ideia é utilizar as plataformas da BATEKOO para possibilitar uma expansão dos artistas não só em suas cidades natais, mas também nas cidades que o Coletivo atua ao redor do Brasil”, explica Artur Santoro, 22, produtor e relações públicas. “Há uma rede nossa já existente através da qual iremos divulgar as produções realizadas, queremos produzir artistas da BATEKOO”, completou.
Uma novidade que o projeto fará é um comeback de artistas, isto é, trazer novidades de nomes já conhecidos, mas que caíram no esquecimento por parte da indústria musical tradicional ou que pararam de produzir por motivos diversos. Já com alguns artistas em mente, a BATEKOO Records visa romper um os modelos dessa indústria e lançar novos trabalhos de cantores antigos. “Há diversos artistas que não são mais vistos pela cenário musical atual, mas que sabemos como as pessoas nunca deixaram de vibrar com suas músicas nas festas”, comenta Maurício Sacramento, 22, criador e diretor criativo da BATEKOO. “A periferia sempre fez muito com pouco. É um local de grande produção de cultura. Todo o potencial já está lá, só falta oportunidade”, afirma Sacramento ao mencionar que a BATEKOO começou com apenas 20 reais.
Deize Tigrona é a primeira artista a receber o selo – funkeira, mulher e negra. Uma das pioneiras do funk carioca, Deize iniciou sua carreira em 1999, obtendo rápido sucesso com suas letras que unem o cômico ao erótico. Foi uma das primeiras cantoras no funk a trabalhar em conjunto com artistas internacionais, como Diplo e M.I.A, e realizou turnês internacionais. Agora, para comemorar seus 20 anos de carreira, Deize Tigrona está de volta aos palcos e é a principal artista do selo musical da BATEKOO. Em 2019, Deize promete diversas novidades e músicas novas para agitar as pistas novamente.
Sobre a BATEKOO – A BATEKOO é uma festa que foi criada na capital baiana há quatro anos e deixou de ser um simples evento da cena noturna para se tornar um movimento que, em pouco tempo, conquistou o Brasil. Recentemente, o movimento estrelou um episódio exclusivo na série Inspire the Night, da Red Bull TV, retratando o impacto que teve na vida de seus frequentadores.
Redes sociais:
facebook.com/batekoo
instagram.com/batekoo