Na delação premiada de Funaro, outra relação corrupta que todos do Rio de Janeiro sabiam, agora virou prova judicial. Jacob Barata pagava propinas ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e ao ex deputado Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Segundo o delator, seriam 5 milhões de francos suíços, pagos por Jacob Bara em uma conta mantida na suíça por Funaro. Em troca de, como vimos, os políticos do PMDB silenciaram sobre as altíssimas tarifas de transporte, caríssimas por um serviço caótico, no qual trabalhadores passam horas todos os dias, em latas-de-sardinha superlotadas que viram verdadeiras saunas durante o verão, enquanto os motoristas por sua vez trabalham duplamente, dirigindo e cobrando.
O corretor Lúcio Bolonha Funaro disse exatamente que: “Em 2014, o colaborador recebeu, a pedido de Eduardo Cunha, uma transferência, em sua conta no Banco Audi, no valor de cinco milhões de francos suíços. Que segundo Eduardo Cunha esses valores eram referentes a um pagamento de valores não declarados feito por Jacob Barata. Que esses valores seriam divididos entre Eduardo Cunha e Jorge Picciani, para serem usados na campanha de 2014”.
Mais um exemplo de como o estado é um verdadeiro balcão dos negócios burgueses, assim como o também é a justiça, com quem Barata tem relações familiares, tendo sido solto por Gilmar Mendes, padrinho de casamento de sua filha, recentemente.
Por isso, não basta investigar o que todos já sabem, que Picciani é acusado inúmeras vezes de corrupção, ou que Barata enriqueceu horrores comprando os políticos do estado. É preciso fazer com que os ricos paguem pela crise que o Rio está passando, taxando as grandes fortunas dos capitalistas, dos ’Reis dos ônibus’, dos ’reis’ de tudo, que mandam e desmandam, recebem isenções fiscais de Pezão e Cabral, em troca de enriquecer enquanto o povo e os trabalhadores sofrem com o desemprego e a pobreza.
Fonte: Esquerda Diário