A banda Apocalypse Cùier, uma das primeiras bandas trans do Brasil, recebe o nome de uma poesia da escritora, tradutora, cantora e compositora Tatiana Nascimento, que ficou feliz em saber da homenagem e da proposta da banda, já que “Apocalypse Cùier” é uma performance artística-musical de tudo o que representa o poema. É formada por 6 integrantes, todes pessoas trans, e se autodenomina intencionalmente agressiva. Assume sem “papas na língua” um discurso anticolonial e de forte crítica ao mesmo sistema que as oprime, questionando radicalmente as principais categorias de poder criadas e fomentadas pelo colonialismo e neocolonialismo: gênero, classe e raça. O Apocalypse Cùier anuncia o fim de um sistema em colapso, autodestrutivo e seletivo a partir de políticas de extermínio e exclusão. Esse apocalypse representa um renascimento, que como elxs mesmxs dizem: “cabe num abraço e será preto, indígena e sapatransviade”.
O repertório conta com músicas autorais e interpretações de outres artistas trans, LGBTQI e mulheres lésbicas negras, para o Apocalypse, essas são as vozes que precisam ser ouvidas e compreendidas nesses tempos, porque como diz o poema de Tati Nascimento: “a gente é quem vive e espalha amor”.
No dia 08 de fevereiro, sábado, a partir das 20h, a Casa Luanda, um espaço de mulheres feito especialmente para mulheres, localizada na Av. Madrebevenuta 1636, irá sediar o show oficial de lançamento da banda Apocalypse Cùier para apenas 80 pessoas que conseguirem comprar os ingressos pelo sympla ou na própria Casa Luanda. A produção responsável pelo show é da Barraqueira, uma produtora afro e transcentrada que promove e valoriza o trabalho de artistas negrxs e LGBTQI+. O show contará com a participação de outres artistas trans locais: Duduzone, Dj Lírous K’yo e Franco.