Em um claro avanço da extrema-direita estabelecida na Áustria, e isso se dá principalmente na figura do vice-chanceler Heinz Christian Strache que chegou ao poder há pouco, foi proibida a exibição de documentário sobre racismo, o mesmo seria exibido no canal ORF no dia 4, sábado, no entanto acabou sendo substituído de maneira injustificável pela exibição da reportagem sobre bares típicos da Áustria.
O documentário retrata o racismo vivido por negros em Viena, com o título “Negros em Viena, de Soliman a Alaba” o nome do filme faz referência a Angelo Soliman, escravo em 1720 e que ficou conhecido em Viena pela horrível prática de ser exposto em parques de diversão no qual era considerado uma atração, e também retrata David Alaba, zagueiro austríaco do Bayern de Munique.
A denúncia central do documentário está no racismo sofridos por negros de maneira tão aprofundada e naturalizada no país europeu. Com a censura do filme, fica claro como trabalha a extrema-direita e que propriamente já se instalou na Áustria com a ascensão no governo. Não é surpresa alguma a proibição sabendo que essa é a política que os cães da direita têm a oferecer a população negra em qualquer lugar do mundo: uma política de ataque e que apaga qualquer luta progressista contra o racismo.
Além de ser retirado da programação do canal sem explicações aparente, logo depois a afirmação foi a de que o documentário foi remanejado por não corresponder com o que havia sido pedido, há também uma coincidência, que está no nome do programa no qual seria exibido o filme, “Österreich Bild” (imagem da Áustria), ou seja, o documentário não condiz com a imagem do país, que evidencia não ser o maior simpatizante da luta dos negros.
Por isso, se deve reforçar a luta do povo negro contra o aparato de censura da extrema-direita que tenta impedir qualquer tentativa de denuncia do racismo e ou luta legítima no país.